Na quinta-feira, 26/09, a diretora financeira do Crea-SP, Engenheira Civil Lenita Secco Brandão, ministrou a palestra sobre “Acessibilidade” Legislação e Inclusão Social” na Câmara Municipal de Vargem Grande Paulista.
Logo no início da sua palestra, a Engenheira Lenita apresentou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o universo de 36 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida, o que representa cerca de 20% da população do País, e reforçou a importância do conceito de acessibilidade, uma vez que o número de idosos está aumentando.

“Em 1980, o Brasil tinha 20% de idosos e 80% de jovens. Hoje, a população idosa chega a aproximadamente 50% da população e em 2050 teremos 25% de jovens e 75% de idosos. Se não nos preocuparmos com a acessibilidade, pensando de forma coletiva e altruísta, iremos nos preocupar de maneira egoísta, já que estamos envelhecendo. Nossa Norma Brasileira [NBR 9050] é bem abrangente e contempla tudo o que é necessário, mas a sua aplicabilidade ainda é limitada”, salientou.

A diretora do Crea-SP também mostrou os sete princípios do desenho universal (ambientes para ser usado por todos, sem necessidade de adaptação), sendo eles o igualitário – uso equiparável, o adaptável – flexibilidade no uso; o óbvio – uso simples e intuitivo; o conhecido – informação de fácil percepção; o seguro – tolerante ao erro; o sem esforço – baixo esforço físico; e o abrangente – dimensão e espaço para aproximação e uso, além de ter explicado que existem três cores diferentes de bengalas para pessoas com deficiência visual: a branca para pessoas com deficiência visual, a branca e vermelha para deficientes visuais e auditivos e a verde para quem tem baixa visão.
Ao final da sua apresentação, Lenita convidou duas pessoas para uma simulação de dois tipos de deficiência. O 2º tesoureiro da AEAT VGP Eng. Raphael Queiroz teve os olhos vendados e com o auxílio de uma bengala caminhou. No término da caminhada, o engenheiro descreveu a experiência, afirmando “ o quanto é complicado caminhar nestas condições”.

Já o Presidente da AEATVGP Engenheiro Eletricista Claudio José Ramos, se deslocou em uma cadeira de rodas. “Primeira vez que sentei em uma cadeira de rodas. Essa situação é muito difícil, pois envolve muito jeito e força física”, ressaltou.